O público que acompanhou o primeiro dia de Desfile do Grupo Especial pôde vibrar com a Tom Maior e a quebra de expressões e tabus populares que ainda nos ligam ao período de Escravidão.
Foto Capa: Lailson Leôncio / Sintonia de Bambas
A Escola de Samba Tom Maior trouxe para Avenida, algumas expressões populares de origem do passado sombrio da história do nosso País. A segunda Agremiação que desfilou nesta sexta-feira (21), apropriou-se com responsabilidade da figura de liderança e representatividade do feminismo negro contemporâneo e sua luta por igualdade e liberdade.
Com a expressão “É Coisa de Preto”, o Carnavalesco André Marins, trouxe com suas 21 alas e 2.500 componentes, uma caracterização e reflexão da identidade negada e marginalizada dos povos de matrizes negras e indígenas, e que foram normatizadas nas expressões que usamos no nosso dia a dia (“Coisa de preto”, “serviço de preto”, “arte de preto”). A proposta levou em conta a construção de uma narrativa étnica e afirmativa para quebrar preconceitos e levar uma mudança de comportamento dos padrões sociais e preconceituosos enraizados em nossa cultura e passado de geração em geração.
Com destaque para o último carro que trouxe a figura da vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março de 2018, no Centro do Rio de Janeiro, e que até hoje ecoa sua voz na luta pela justiça e igualdade para o povo negro e das periferias do Brasil. Na representação e homenagem feita pela Tom Maior, Marielle representa a luta de tantos guerreiros negros na atualidade.
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