Foto capa: Reprodução/Redes sociais
O tom agudo do surdo marcando luto no samba não para! Em um único dia o som solitário que ensurdece a alegria dos sambistas tocou por duas vez anunciando as homenagens de despedidas aos sambistas Luís Fernando Ribeiro do Carmo , o lendário carnavalesco Laíla, e Amadeu Amaral, o mestre Mug, que nos deixaram na manhã dessa última sexta-feira (17 de junho de 2021).
O esplendido diretor e carnavalesco Laila deixa um histórico extraordinário de mais de 50 anos no samba e no Carnaval, onde foi um dos protagonistas da transformação carnavalesca. Polêmico e muitas vezes revolucionário em seus desfiles teve passagens pelas escolas Salgueiro, Beija Flor, Grande Rio, Vila Izabel, Arco Iris, Unidos da Tijuca, União da Ilha, Unidos do Peruche e Águia Ouro em São Paulo. Um legado inquestionável para cenário do Samba.
Laíla iniciou sua trajetória na Salgueiro. Mas a escola de samba que mais vezes foi campeão foi a Beija Flor de Nilópolis, onde conquistou o título de Campeão por 12 vezes.
Já o Mestre Mug foi um dos grandes maestros de bateria de todos os tempos. Tendo comandado a Swingueira de Noel, da tradicional escola de samba Unidos de Vila Isabel. Por mais de 30 anos, Mug foi um dos responsáveis por fundamentar os ideais e as tradições das baterias das escolas de samba. Esteve presente nos títulos de 1988 e de 2006. Que o legado de Mestre Mug possa continuar vivo pelas mãos e pelo ritmo de todos os ritmistas das escolas de samba, e principalmente, pelos seus herdeiros na Terra de Noel.
Sigam em Paz mestres Laila e Mug! O Samba e as comunidades das escolas de samba e do Carnaval agradecem suas passagens e ensinamentos deixados.
Valdir Sena – Jornalista, radialista, pesquisador e cronista de carnaval.