Emoções, imaginações, histórias, religiosidade, cores, sonhos, beleza e o “ziriguidum” contagiante das baterias das escolas de samba…. É a hora do show do Carnaval 2019.
No passado, em uma entrevista ao saudoso Juarez da Cruz , Mocidade Alegre, onde o grande baluarte me disse: “Fazer o povo sorrir não é tarefa fácil. Só as escolas de samba tem o poder de juntar tudo isso aí e fazer com alegria. Apesar de todas dificuldades enfrentadas o ano todo”, ressaltou.O mestre Juarez tinha a certeza do crescimento do Carnaval a partir da década de 90, seja como produto cultural ou de espetáculo televisivo para o mundo. Além de grande fonte geradora de empregos diretos, indiretos e de recursos para o comércio e a indústria.
Lembrei dessas palavras do velho baluarte, ao analisar os bastidores das escolas, e as dificuldades do cotidiano para por a escola na Avenida e ainda ser portadora da alegria com a sua passagem.
O drama nos barracões de algumas escolas de São Paulo e do Rio de Janeiro é vivido no dia a dia com a falta de recursos. Apesar de terem recursos públicos destinados já em orçamentos, a missão das escolas de levar arte e cultura popular está cada vez mais difícil com a falta de dinheiro.
Profissionalizadas e produzindo espectáculos gigantescos que atraem milhares de pessoas em todo mundo, as agremiações, entretanto, correm contra o tempo dos recursos escassos para apresentar um trabalho de qualidade e de disputa.
Para a perfeição do espetáculo outras centenas de pessoas estão envolvidos, nas confecções de fantasias, dos carros alegóricos e na contratação de mão de obra especializada como figurinistas, aderecistas, marceneiros, soldadores, escultores.
O material específico para a montagem de um desfile movimenta costureiros, milhares de reais em diversos setores, principalmente nas indústrias têxteis, metalúrgicas, madeireiras, de plásticos, de calçados e instrumentos musicais.
O Carnaval das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos é sem dúvida um dos eventos mais importante do País. E no cenário dos desfiles de 2019, a equipe da Sintonia de Bambas avança sincronizada na cobertura jornalística nos desfiles do Sambódromo do Anhembi, dos bairros, na cidade de Santos no litoral paulista e na Marques de Sapucaí no Rio de Janeiro.
Valdir Sena – Jornalista, radialista, pesquisador e cronista de Carnaval
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