Foto Capa: Josy Dinorah
No último dia de desfiles do Carnaval de São Paulo, a Nenê de Vila Matilde brilhou na passarela do Anhembi com o enredo “Um quê de poesia e um tanto de magia, a arte de encantar o imaginário popular”, transportando o público para um universo lúdico e cheio de história.
A Águia da Zona Leste levou para o sambódromo uma viagem no tempo, resgatando influências culturais que moldaram a arte e o folclore brasileiros. O desfile fez referências à Idade Média, destacando os trovadores, poetas e artistas itinerantes que encantavam a população com suas narrativas e canções.
A Nenê mostrou como essa herança da cultura africana chegou ao Brasil e se misturou com os europeus e indígenas para dar origem ao que conhecemos como identidade cultural brasileira. Inspirado no Movimento Armorial de Ariano Suassuna, o desfile exaltou a riqueza e a autenticidade da arte popular nordestina, valorizando a fusão entre o erudito e o popular.
Entenda o Enredo
As culturas europeia, indígena e africana moldaram a identidade brasileira. Os portugueses influenciaram com língua, religião e instituições. Os indígenas contribuíram com conhecimentos agrícolas e a língua tupi. Já os africanos, trazidos como escravizados, deixaram sua marca na música, culinária, religiões e danças, criando uma rica diversidade cultural no país.
O carnavalesco Danilo Dantas, estreante na agremiação, apostou em cores vibrantes, esculturas grandiosas e uma narrativa que envolveu o público, ressaltando a magia do imaginário popular e o poder da poesia no cotidiano do povo brasileiro.
Com esse enredo repleto de simbolismo e tradição, a Nenê de Vila Matilde mostrou sua força e sua identidade histórica no Carnaval paulistano. O sonho de voltar ao Grupo Especial está vivo e a escola segue firme no seu compromisso de honrar sua história e emocionar multidões, mantendo acesa a chama do samba e da cultura popular.
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