Foto Capa: Dayse Pacifico
A Mancha Verde trouxe para a avenida um verdadeiro tributo às manifestações religiosas e festivas da Bahia, apresentando como os costumes sagrados se entrelaçam às expressões ‘profanas’ de um povo que vive intensamente sua espiritualidade e sua alegria. O desfile foi uma festa de ritmo e crenças, evidenciando as festas religiosas com toque afro que compõem a identidade baiana.
No palco sagrado do Carnaval, a agremiação retratou as manifestações de fé que unem devotos de Senhor do Bonfim, Iemanjá, Santa Bárbara, Oxalá e tantos outros santos e orixás reverenciados no sincretismo baiano. A procissão em forma de desfile e rituais que marcam o calendário baiano, ao som de atabaques da Bateria Puro Balanço que fez cantar o público presente no Anhembi.
Entenda o Enredo
O enredo “Bahia, da Fé ao Profano” foi inspirado na série documental idealizada pelo produtor baiano Gastão Netto. A série retrata como a cultura baiana mistura elementos sagrados e ‘profanos’, mostrando a influência das religiões de matriz africana e do catolicismo nas festividades e na identidade do povo baiano.
Historicamente, a Bahia foi um dos principais portos de entrada da cultura africana no Brasil, o que lhe faz a capital do Brasil quando falamos em crenças, rituais e tradições se fundiram ao longo dos séculos. Esse sincretismo religioso se manifesta nas celebrações populares, como a Festa de Iemanjá e a Lavagem do Bonfim, nas quais a devoção se mistura ao ritmo dos tambores e à alegria, uma característica nata do povo baiano
No Anhembi, o que vimos foi a fé e a celebração se unindo em um desfile sobre a intensidade da vida baiana. Para a Mancha Verde, a fé é o que move e equilibra, enquanto para o Carnaval é a expressão mais genuína da cultura de um povo que transforma a devoção em arte e alegria.
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