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Acadêmicos do Tucuruvi emociona com a luta dos povos originários e a busca pelo Manto Tupinambá

A Acadêmicos do Tucuruvi levou para o Anhembi uma homenagem à cultura indígena brasileira, com o enredo "Assojaba – A busca pelo manto". A escola relembrou a história do manto Tupinambá, símbolo da resistência dos povos originários.

por Josy Dinorah
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Foto Capa: Nelson Gariba

Com um desfile repleto de cores, simbologia e forte apelo cultural, a Acadêmicos do Tucuruvi foi a sexta escola a se apresentar no segundo dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval SP 2025. Com fantasias e alegorias impressionantes, a escola mergulhou na trajetória dos povos Tupinambás e sua relação com o manto sagrado que, ao longo dos séculos, foi levado para a Europa e se tornou objeto de disputa para seu retorno ao Brasil.

Os carnavalescos, Dione Leite e Nicolas Gonçalves da Tucuruvi, inspirados na luta indígena contemporânea, trouxeram referências visuais impactantes, misturando elementos da cultura tradicional e uma abordagem moderna que reforça a importância da memória histórica e do respeito aos povos originários. O samba-enredo, entoado com garra pela comunidade, emocionou o público e reforçou a mensagem da escola: a necessidade de preservação e reconhecimento das culturas indígenas.

Entenda o Enredo

O Manto Tupinambá é uma relíquia confeccionada com penas vermelhas de guará e utilizada por caciques e pajés em rituais e cerimônias dos povos indígenas brasileiros. No período colonial, diversos desses mantos foram levados para museus e coleções particulares na Europa, sendo objetos de estudo e disputa patrimonial. Atualmente, poucos exemplares ainda existem, e líderes indígenas como Glicéria Tupinambá lutam pelo retorno dessas peças ao Brasil, reivindicando o direito à preservação de sua cultura.

O enredo da Tucuruvi resgata essa trajetória de resistência, colocando em evidência a luta dos povos originários contra a colonização e a necessidade de reparação histórica. Com uma narrativa que mistura tradição e contemporaneidade, a escola trouxe à avenida um clamor por respeito, memória e justiça.

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