Foto Capa: Carlos Henrique
Com um desfile forte e com muito apelo cultural, a Tom Maior foi a sexta escola a se apresentar na noite de desfiles do Grupo de Acesso I do Carnaval SP 2025. A escola reeditou seu enredo de 2009, abordando o processo de independência de Angola e a sua busca por paz e liberdade.
Durante o desfile, a agremiação resgatou importantes figuras históricas, como a Rainha Nzinga, e destaca a influência de Martinho da Vila, que se tornou um embaixador da cultura angolana no Brasil.
A Tom Maior também ressaltou a conexão cultural entre Angola e Brasil, traçando um paralelo entre as lutas e conquistas do povo angolano e a luta histórica pela liberdade do povo preto no Brasil. As alegorias e fantasias desfilaram o legado de uma Angola que, com a ajuda de sua diáspora e da união entre culturas, sempre está aberta para o mundo.
Entenda o Enredo
Em 2009, a Tom Maior desfilou com o enredo “Uma nova Angola se abre para o mundo! Em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade!”, destacando a reconstrução de Angola após a guerra civil e homenageando Martinho da Vila. O desfile mostrou a conexão cultural entre Brasil e Angola, com 3.800 componentes e carros alegóricos que representaram a história, a música e a religiosidade do país africano.
A independência de Angola foi conquistada em 11 de novembro de 1975, após uma longa luta contra o colonialismo português. O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) venceu a guerra de independência, com apoio da União Soviética e Cuba. O país se tornou uma nação soberana após mais de 400 anos de domínio português. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola, em novembro de 1975.
O desfile da Tom Maior não é apenas uma viagem pela história de Angola, mas uma celebração da liberdade e da resistência cultural, temas ainda muito presentes no Brasil e no mundo. Ao resgatar esse passado e conectar as culturas brasileira e angolana, a escola busca reconquistar seu espaço no Grupo Especial do Carnaval SP em 2026.
Facebook comentário