Uma viagem no tempo das boas batucadas nos redutos de raízes do Samba de São Paulo. E não é à toa que a Batucada de Nego Véio é considerada como patrimônio sambístico do reduto matildense. Formada por antigos sambistas e batuqueiros da escola de Samba Nenê de Vila Matilde e outras escolas das adjacências do lado Leste do Samba.
Para o baluarte sambista, embaixador do Samba Paulistano e Cidadão Samba, Orlando Balbino da Silva, o Landão, a Batucada de Nego Veio tem a biografia de raiz da antiga na Escola de Samba Nenê de Vila Matilde. O baluarte ao lado de batuqueiros antigos da Nenê, como: Serjão, Pedrão, Claudemir, Pascoal, Miguelzinho do Cartório, Canhoto e outros personagens formaram o grupo para resgatar a essência do ritmo cadenciado Matildense.
“A velha guarda de bambas, Batucada de Nego Véio, surgiu da necessidade da resistência e preservação dos valores culturais autênticos, expressos nos sambas e nas batucadas da Zona Leste de São Paulo. O grupo é formado por tradicionais mestres e baluartes que não se enquadram nas modernizações impostas ao movimento do samba e do carnaval paulistano. Desde 2018, o grupo atua na preservação de sambas, melodias, ritmos, batucadas e costumes ancestrais com legitimidade.”, ressaltou o baluarte Landão.
No Carnaval do ano passado, a Batucada de Nego Véio, estreou no Sambódromo do Anhembi na abertura dos desfiles do Grupo Especial com apresentação de todas Velhas Guardas das Escolas de Samba de São Paulo. Com o samba enredo “O Samba Agoniza Mas Não Morre”, da autoria de Nelson Sargento, cantado por Carlão Maneiro, Bernadete e Vado, o desfile do bloco foi de grandes emoções e sucessos. No Carnaval de 2023, a Batucada de Nego Véio vai abrir novamente os desfiles do Especial, na sexta-feira 17 de fevereiro. Também com um samba enredo de “impacto e alerta” para não deixar o samba sambar!
Valdir Sena – Jornalista, Radialista e Cronista de Carnaval.
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