A Escola de Samba do Itaim Paulista canta a relação do astro-rei e seu poder como energia para revitalizar a beleza e simplicidade da vida.
O desfile da Escola de Samba Unidos de Santa Bárbara no Anhembi é um convite para o Carnaval brilhar depois de dois anos sem a realização dos tradicionais desfiles. Contando a relação entre a magnitude do sol perante a humanidade e o significado que as imagens do pôr do sol que viralizaram durante a Pandemia nas redes sociais, a Agremiação retrata como o astro aponta um caminho para o encontro da verdade de cada coração diante da retomada de ver a vida com mais calma e de dentro pra fora.
O Bloco Carnavalesco do Itaim Paulista, região leste da cidade de São Paulo, tomou as ruas do bairro em 1988. Se filiando á UESP em 1996, tornou-se o Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Unidos de Santa Bárbara. Desde então, a Agremiação apresenta seus enredos sob a proteção da Santa que dá nome à Escola. Santa Bárbara é uma santa católica, filha única, que foi presa em uma torre por conta da sua fé cristã. Seu pai em represália condenou a filha à tortura e depois a degolou, nesse momento ouviu-se um grande trovão no céu e seu pai caiu morto no chão. Por conta dessa história, a santa ganhou o título de “protetora contra relâmpagos e tempestades” e com o sincretismo que popularizou pelo Brasil com a escravidão, Santa Bárbara é associada a orixá Iansá ou Oyá.
O Enredo “O Sol Nascerá” foi idealizado pelo Carnavalesco Anderson Paulino após uma febre de posts sobre o pôr do sol que tomaram a conta das redes sociais durante a Pandemia. A simplicidade e a paz do ato como sentimento contagiou a Escola que traduziu no Anhembi a causa dessa estrela de luz e do calor que permite a sobrevivência em tempos mais sombrios. Sendo o símbolo perfeito para a manutenção da vida, a Escola de Samba Santa Bárbara atravessou a Avenida na volta dos desfiles do Carnaval SP como um símbolo de resistência para manter a representação da energia do Carnaval.
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