Encerrada a maratona de ensaios técnicos. É chegada a hora do show dos desfiles das escolas de samba para mais um capítulo do Carnaval de São Paulo. Além do lúdico e da alegria contagiante, as escolas apresentam enredos com reflexão na história, religiosidade, imaginação, homenagens, entre outros assuntos, que permeia os trabalhos das comunidades o sambísticas.
Na noite de sexta-feira, 21 de fevereiro, a Barroca da Zona Sul inicia os desfiles do Carnaval 2020, no Sambódromo do Anhembi contando a história da negra Tereza Benguela. “Benguela… A Barroca clama a ti, Tereza!”. O Enredo assinado pelos carnavalescos Rodrigo Meiners, Rogério Sapo e Yuri Aguiar conta a história de uma mulher que veio de Angola e lutou contra escravidão no século 18.
Na sequência entra na Avenida a Tom Maior com o Enredo “É coisa de Preto”, uma homenagem ao Povo Negro. Segundo o carnavalesco André Martins, o tema mostra que a contribuição de negros e negras para a formação de nossa nação vai muito além do estereótipo.
A Dragões da Real (3ª. Escola a desfilar) vai levar “A Revolução do Riso: A arte de subverter o mundo pelo divino poder da alegria”, enredo proposto pelo carnavalesco Mário Quintais. Segundo Quintais, nada mais é divino que a força que vem da alegria.
A quarta escola desfilar é a campeã de 2019 Mancha Verde que vai fazer uma homenagem a Jesus com o enredo “Pai! Perdoai, eles não sabem o que fazem!”, do carnavalesco Jorge Freitas. Segundo ele a escola traz uma reflexão sobre a humanidade e os atos condenáveis dos homens ao longo da história.
Na sequência a Acadêmicos do Tatuapé falará sobre a cidade de Atibaia, com o Enredo “O ponteio da viola encanta… Sou fruto da terra, raiz desse chão… Canto Atibaia do meu coração”, desenvolvido pelo carnavalesco Wagner Santos. A Tatuapé vai contar na moda da viola um pouco da terra e da paz que ela traz.
Império da Casa Verde, será a 6ª Escola a desfilar na primeira noite dos de desfiles . A Agremiação faz uma homenagem ao Líbano com o enredo “Marhaba Lubnãn” assinado pelo carnavalesco Flavio Campello. Segundo ele são sete mil anos de história! Sete mil anos de memórias! Vinte e duas civilizações contribuíram para a construção da nação que brilha no Oriente com as marcas do Ocidente.
A X-9 Paulistana finaliza a primeira noite dos desfiles no Sambódromo do Anhembi. Com o enredo proposto pelo carnavalesco Pedro Magoo, “Os batuques para um rei coroado”, é uma viagem cultural pelo Brasil, contando um pouco das batucadas de todas regiões e religiões do país. Segundo, Magoo,batuques é um toque que envolve a fé, a religião e diz sobre a ancestralidade.
No sábado, 22 de fevereiro, 2ª. Noite de desfiles do Grupo Especial, é a vez da campeã do grupo de acesso do ano passado Pérola Negra. Com a quadra alagada pelas fortes chuvas a duas semanas antes do Carnaval, a Pérola tem que superar os desafios dos prejuízos das perdas de fantasias e alegorias com a enchentes. Com enredo “Bartali Tcherain – A estrela cigana na Pérola Negra!”, desenvolvido pelo carnavalesco Anselmo Brito, a Agremiação contará a história do povo cigano, as influências e sua origem, passando pela Índia e Egito antigo.
A Colorado do Brás vem a seguir com o enredo “Que Rei Sou Eu?”, sobre a história de Dom Sebastião, assinado pelo carnavalesco Leonardo Catta Preta. A breve vida de Dom Sebastião, marcada por mistérios, lutas, sabedoria, lendas, crenças, erros, acertos, loucuras e sagacidade será mostrada pela Colorado.
Gaviões da Fiel com o enredo “Um não sei que, que nasce não sei onde, vem não sei como e explode não sei porque”, dos carnavalescos Paulo Barros e Paulo Menezes, a Escola levará para Avenida casos de amor sem fim, que arrebatam e arrastam multidões e loucas paixões.
A quarta desfilar no sambódromo será a Mocidade Alegre que traz o enredo “Do canto das Yabás renasce uma nova morada”, que exalta ‘o poder feminino para reconexão com universo’, assinado pelos carnavalescos Paulo Brasil, Márcio Gonçalves e Edson Pereira.
Em seguida a Escola de Samba da Pompéia, Águia de Ouro, apresenta o enredo “O Poder do Saber – Se saber é poder… Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, desenvolvidos pelos carnavalescos Sidney França e Laila. Segundo França, o enredo promete mostrar uma reflexão sobre como a educação pode transformar o mundo.
A penúltima Escola a desfilar na madrugada de domingo, a Unidos de Vila Maria homenageará a China com o enredo “O Sonho de um Povo Embala o Samba e Faz a Vila Sonhar”, proposto pelo carnavalesco Cristiano Bara. Segundo Bara a Vila Maria mostrará o sonho de uma nação gigantesca. Um povo que, ao longo de sua ancestral trajetória contribuiu para importantes invenções.
A Rosas de Ouro encerra os desfiles do Grupo Especial mostrando o enredo “Tempos Modernos” do carnavalesco André Machado. O tema falará sobre a quarta revolução Industrial, e ainda vai trazer a dúvida do futuro sobre quem será o protagonista: o Homem? Ou o robô? Teremos um destino atroz ou vale a pena sonhar?
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