A satisfação e a alegria das comunidades do samba eram evidentes na noite da última sexta-feira (02 de fevereiro), quando finalizou a série dos ensaios técnicos das escolas de samba no sambódromo do Anhembi. O ritmo contagiante das baterias, a alegria entusiástica dos componentes das escolas e a paixão envolvente dos sambistas pelo Carnaval, anunciam que já está tudo pronto para a hora do show.
Os recordes de público nas arquibancadas do sambódromo proporcionaram sem dúvida um grande sucesso dos ensaios técnicos das escolas. O acesso, gratuito, das comunidades e do público em geral para ver e se emocionar com o desenvolvimento e os trabalhos preparativos para os desfiles das suas escolas do coração no Carnaval. Por tornar possível essa popularidade temos que parabenizar a Liga das Escolas de Samba e toda produção pela realização do evento.
Entretanto, “treino é treino, e jogo é jogo”, pois na hora da disputa não tem ingresso de graça e a maioria das comunidades que moram nas proximidades das quadras das escolas, vão acompanhar os desfiles e o show pela televisão. Um contra ponto para o povão das periferias e que não tem como gastar os altos custos entorno do Carnaval no sambódromo. Todavia, a simples participação das comunidades do samba e do povo vindo dos vários lugares para assistirem os ensaios já enriqueceu a apresentação do maior espetáculo da terra.
No Carnaval 2018, os cenários dos enredos das escolas vão proporcionar desde uma viagem ao longo da história do Brasil, homenagens a personalidades, diversidade ideológica e religiosa entre outros “tons temáticos” que vão fazer da festa de momo mais uma maravilha de cenário.
A página da história do Carnaval de São Paulo vai começar a ser contada na noite de sexta-feira (09 de fevereiro) na abertura dos desfiles de 2018, ás 23 horas no Sambódromo do Anhembi com a Escola de Samba Independente ecoando o enredo “Em cartaz Luz Câmera e Terror… Uma produção Independente”. Na sequência entra a Unidos do Peruche com “Peruche celebra Martinho 80 anos do Dikamba da Vila”. Às 1h25 é a vez da Acadêmicos do Tucuruvi com o seu enredo “Uma Noite no Museu”. A madruga segue com Mancha Verde (“A amizade, a Mancha agradece do Fundo do Nosso Quintal”). A campeã de 2017 a Acadêmicos do Tatuapé vai exaltar o Maranhão. (Os Tambores vão ecoar na terra da encantaria”), a Rosas de Ouro (Pelas estradas da vida. Sonhos e aventuras de um herói brasileiro). A sexta-feira encerra com a apresentação da Tom Maior (“O Brasil de duas Imperatrizes; De Viena para o novo mundo Carolina Josefa Leopoldina; de Ramos, Imperatriz Leopoldinense”).
No sábado (10 de fevereiro) os tambores vão tocar com a chegada da X-9 Paulistana (“A voz do samba é a voz de Deus. Depois da tempestade, vem a bonança”). Logo depois entra a Império de Casa Verde (“O povo: A nobreza real”), a Mocidade Alegre homenageia a cantora Alcione: “A voz marrom que não deixa o samba morrer”), já a Vai-Vai a homenagem é para o cantor e compositor Gilberto Gil: (“Sambar com fé eu vou”), Gaviões da Fiel (“Guarus – Na aurora da criação, a profecia tupi… Prosperidade e paz aos mensageiros de Rudá”), Dragões da Real (“Minha música, minha raiz! Abram a porteira para essa gente caipira e feliz!”) e a Unidos de Vila Maria (“Aproveitam-se de minha nobreza, você não soube, não te contaram? Suspeitei desde o princípio. Não contavam com minha astúcia. Arriba Vila, Arriba México, Arriba Bolaños!”).
Domingo (11 de fevereiro) é a vez das escolas do Acesso apresentarem seus enredos: a Barroca Zona Sul vem de (“Carnevale… A magia da folia”), a Leandro de Itaquera (“A Celebração da Solidariedade o mundo: onde há uma necessidade, há um leão”), já a Nenê de Vila Matilde (“A Epopeia de uma Deusa Africana”), a Colorado do Brás (“Axé – Caminhos que levam a fé”), Camisa Verde e Branco (“100{69386ad192db6c447fd6d404a6ebc86b266e8745e05dbe7a07c3f2a4a8f32d21} Camisa Verde e Branco – Carnavalizando Mário de Andrade o berço do samba, o poeta, e o herói da Pauliceia Desvairada”), Águia de Ouro (“Mercadores de Sonhos”), Pérola Negra (“Numa viagem arretada por terras nordestinas, a Joia Rara do Samba embarca rumo ao maior São João do Mundo: Campina Grande”), e Imperador do Ipiranga (“Solidariedade: A explícita magia de sonhar, amar e viver em prol do bem”).
Na noite segunda-feira (12 de fevereiro) vão estrear pela Liga as 12 escolas de samba vindas do Grupo 1 da UESP. E a diversidades dos temas vão ser contadas pelas Escolas de Samba: Uirapuru da Mooca; Dom Bosco; Brinco da Marquesa; Combinados de Sapopemba; Amizade Zona Leste; Estrela do Terceiro Milênio; Torcida Jovem; Unidos de Santa Bárbara; Camisa 12; Mocidade Unida da Mooca; Morro da Casa Verde e Tradição Albertinense.
Valdir Sena – Jornalista, Radialista e Cronista Carnavalesco.
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